domingo, 12 de abril de 2009

Linha 17


Após escrever o último post, fui até as minhas anotações de Benedetto Croce e encontrei:

"É pois indiferente, [...], apresentar a arte como conteúdo ou como forma, conquanto se entenda sempre que o conteúdo é formado e a forma é preenchida, que o sentimento é sentimento figurado e a figura é figura sentida"

e

"[...] a crítica pede para ser, e quer ser e é outra coisa: não invadir a arte, não descobrir a beleza do belo e a feiúra do feio, não apequenar-se em face da arte, mas, ao contrário, fazer-se grande em face da arte também grande e, em certo sentido, superior a ela"

e

"A verdadeira crítica de arte é certamente crítica estética, não porque desdenha a filosofia como pseudo-estética, mas, ao contrário, porque opera como filosofia e concepção da arte [...]"


===

Textos recomendados:

"Poetas à beira de uma crise de versos", ensaio de Marcos Siscar reproduzido na Modo de Usar & Co.

Jonas Lopes sobre George Steiner.

Ao reler Carpeaux, Dirceu Villa detecta equívocos e manias da crítica literária brasileira — sobretudo no que se refere às leituras sociológicas, ponto que não cheguei a tocar no post anterior.